domingo, 29 de julho de 2012

Último suspiro


Me tire daqui. Não quero mais continuar nesse lugar, limitado por essas quatro paredes brancas, dentro desse corpo. Quero deixar que os sonhos me guiem pelo asfalto sujo; não quero caminhos pré-definidos e vou deixar que minhas sandálias gastas apenas... sigam. Quero me perder por uma estrada sem-fim antes que eu me perca dentro de mim; quero que meus olhos vejam mais do que as rachaduras na parede ou as teias de aranha no teto; quero você no meu lado. Já estou na beira de um precipício desenhado dentro da minha cabeça; e ele me puxa. Forte. Essa é uma última tentativa de clamar por ajuda: tudo isso aqui é como um pesadelo que me ata à cama e prende o meu grito na garganta. Segure minha mão. Me segure firme e me tire daqui. Me liberte dessas correntes invisíveis e me leve para o seu mundo cheio de cor, texturas, violino e sorriso. Me ajude a voar antes que eu desista de aprender e salte sozinho para dentro do abismo. 

Nenhum comentário: